sábado, 25 de outubro de 2014

Deixa-me, Deixa-me...

Não me deis a mão
Deixa-me levantar sozinho
Deita fora o mapa
Deixa-me descobrir o caminho
Esquece os mitos e profecias
E cria as tuas
E se te tentarem parar
O que fazes?
Continuas...
E agora deixa-me,
Deixa-me seguir que é longo este caminho
Deixa-me, deixa-me ir sozinho
Só sozinho sinto companhia
E tal como no escuro, vejo claro
É no sofrimento que sinto alegria
Deixa-me, deixa-me sofrer
Assim, vou crescer e aprender
Não peço muita coisa
Só tenho um pedido
Deixa,me...
Deixa-me perdido
Deixa-me,
Deixa-me...

sábado, 18 de outubro de 2014

O MUNDO A QUE PERTENCES

Cada vez mais, não sabes quem és, o que queres ou a que mundo pertences. Queres obter respostas, mas quanto mais procuras, mais questões surgem. Cada ponto da tua mente forma uma reta infinita de questões, desejos e medos sem saberes de onde surgem.
Onde te sentes mais seguro pode tornar-se o local mais perigoso. Onde estarás em segurança? Onde serás feliz? Se não sabes qual é o teu mundo, como podes saber onde serás feliz? Cada sinal que passa pela tua mente forma no teu coração um vasto rio de esperança que seca devido a mais uma tentativa falhada.
Quando o mundo onde tu achas que pertences se destrói, destrói-se com ele o sorriso de alguém que tem felicidade e segurança.
Quando não sabem qual o mundo de onde vens nem qual a tua missão, torna-se difícil de viver, de sorrir e ate de amar. Queres ajudar quando és tu quem mais precisa de ajuda. Antes de poderes ajudar precisas de aceitar ajuda.
Vives pela busca de respostas sobre o teu mundo quando há algo mais importante. Existe alguém que te pode ajudar e, ao contrario do que pensas, esta bem perto, bem disponível.
Não precisas de saber do mundo de onde vens. Tu podes criar um novo mundo inspirado num sinal, num objeto ou ate num sentimento. Eu posso criar contigo um novo mundo onde não tenhas questões sem resposta.


                                    

Escondida, a ver-te com ela

Mais um dia. Levanto-me e visto-me à pressa. Será que já saíste? Saio a correr e vou para a porta da tua casa esperar que saias para ir ter com ela. A porta começa a abri e eu rapidamente me escondo atrás de uma árvore do teu jardim. Sigo-te até ao jardim onde nos costumávamos encontrar. Sentaste no banco onde nos conhecemos.
Será que ainda há esperanças para nos? Será que, ao contrário do que me disseste vezes sem conta, ainda não me esqueceste? Preparo-me física e psicologicamente par ir ter contigo e dizer-te que ainda te amo mas… ela chegou. Beijas-la exatamente como me beijavas a mim. Será que suporto ver isto? Vai ser difícil mas quero saber se o que dizes é verdade, que agora tens outro amor.
 O teu sorriso contínua igual. Sorris para ela como sorrias para mim. Será que a amas a ela como me amavas a mim? Ou fingias o sorriso para uma de nós? Tantas perguntas que tu não queres responder nem eu quero perguntar.  
O teu abraço fá-la sentir segura tal como me fazia sentir a mim. Isso nota-se no olhar dela quando a abraças. Tu pareces tão feliz. Será que estás? Preciso de tantas perguntas para as quais não tenho coragem para procurar repostas.
O tempo passa e, a cada segundo, tenho mais vontade e ansiedade de encontrar um sinal que mostre que ainda me amas. Mas esse sinal não aparece e, cada vez mais, sinto-me deprimida. Continuas a sorrir para ela da mesma forma que eu gostava tanto. Sempre soubeste que um sorriso entre um beijo era importante para mim. Mas porque é que fazes o mesmo com ela?

Chega! Não vou estar a destruir a pouca felicidade e vontade de viver a ver-te com ela. Se tivermos que ficar juntos, ficaremos. Mas, por enquanto, vou para casa  a pensar nestas questões que ficaram, para sempre, apenas guardadas no papel.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Lembra-te

Tantas vezes que sofri por ti, tantas lágrimas que chorei em vão por tua casa, tantas noites perdidas a pensar se o erro era meu, tantas palavras simplesmente ditas, mas que tu nunca ouviste realmente. E para que? Foram só coisas em vão. Coisas que tu nunca realmente mereceste. Mas porque continuo sem me arrepender? E, acima de tudo, porque não consigo esquecer? Continuo a acreditar que cada lágrima foi compensada com um sorriso teu, que mesmo sem dizeres, mostrava que no fundo estavas arrependido. Eu sei que algumas vezes fui eu que errei e, por isso, peco desculpa. Só precisava de ouvir o mesmo de ti. Tantas vezes que sofri por ti, tantas lágrimas que chorei em vão por tua casa, tantas noites perdidas a pensar se o erro era meu, tantas palavras simplesmente ditas, mas que tu nunca ouviste realmente. E para que? Foram só coisas em vão. Coisas que tu nunca realmente mereceste. Mas porque continuo sem me arrepender? E, acima de tudo, porque não consigo esquecer? Continuo a acreditar que cada lágrima foi compensada com um sorriso teu, que mesmo sem dizeres, mostrava que no fundo estavas arrependido. Eu sei que algumas vezes fui eu que errei e, por isso, peco desculpa. Só precisava de ouvir o mesmo de ti. Por favor, promete-me que te vais lembrar sempre.
            

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Perdida na Nostalgia

Já não sei o que dizer, o que pensar, ou o que sentir. Quero fugir! Fugir para um lugar onde se controle os sentimentos e se possa sentir apenas o que se quer e apagar aqueles sentimentos que nos fazem mal.
Foste embora e não houve tempo para um "adeus", um abraço, ou até um "obrigada". Preferia pensar que me abandonaste, que a decisão de partir foi tua, seria muito mais fácil esquecer-te, mas não. Eu sei a verdade e sei que foste porque era a única escolha. Saber que, depois de tanto procurar e encontrar alguém como tu, tiveste de partir. Não é justo! Não é saudável!
Depois de partires, perdi a força que me mantinha de pé, que me ajudava a respirar que me fazia feliz. Será este o caminho de uma mulher apaixonada? Será que depois de tudo, não consigo controlar a saudade. Sem dúvida, a saudade é o sentimento mais insuportável, mais injusto, e até mais ridículo que alguma vez existiu, existe ou existirá.
Agora, só me resta andar à deriva, perdida num imenso mar de desespero e arrependimento, Vou para onde as ondas me levarem. Derivo e derivo porque perdi a minha âncora.
Estou perdida na nostalgia. Já nada me resta, a não ser sonhar com o dia em que voltas. E só as memórias não me deixam naufragar.
Volta... Quero voltar a sorrir e ser feliz.